DIA 12 DE MARÇO DE 2013
A terça-feira seria um dia bem intenso, pois reservamos pra fazer a famosa dobradinha Pisa-Lucca, indispensável para quem visita a Toscana. Ambas ficam a curta distancia de Florença e podem ser alcançadas por trem.
Acordamos um pouco tarde e partimos correndo (literalmente) para tentar pegar o trem das 10h. O processo de compra da passagem é bem simples: você acessa uma máquina de auto-atendimento, escolhe o idioma, itinerário, horário e paga com cartão de credito. O bilhete que você recebe na verdade vale para qualquer horário, sendo que você deve validá-lo antes de subir no trem e a partir daí pode usá-lo num período de 6h. O trecho custa 7,80€.
Tinha um trem partindo as 9:53, então fomos correndo procurar a plataforma, o que não foi uma tarefa fácil, pois não percebemos um detalhe…
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Dica: O trem que vai para Pisa-Centrale na verdade tem estação final em Livorno. Você deve procurar a composição com este destino e Pisa fica no meio do caminho.
Nessa brincadeira de procurar o “binario” correto, perdemos o trem e tivemos que pegar o trem de 10:28h.
A viagem dura em torno de 1h e o trem não tem lugar marcado. Mas no nosso caso o trem estava vazio e a viagem foi confortável.
Chegando na estação Pisa-Centrale, compramos o bilhete do ônibus na banca de jornal e pegamos o “Lam Rosso” do outro lado da praça. Fizemos uma viagem bem tranqüila até a Piazza dei Miracoli, em um ônibus bem moderno e confortável. No caminho fomos apreciando a vida da pequena cidade.
A visita a Pisa seria basicamente conhecer a Piazza dei Miracoli, que é uma praça murada que abriga a famosa torre inclinada, a Catedral e o Baptistério.
De cara, o visual já é deslumbrante! Ao entrar na praça avistamos o batistério, com a catedral atrás e bem ao fundo, inconfundível, a torre inclinada. O contraste entre o verde do gramado, o azul do céu e o branquíssimo mármore das construções é lindíssimo.
Fomos direto comprar nosso bilhete para subir na torre, pois o ingresso é vendido com hora marcada, por causa da limitação de acessos a torre.
Com nossa subida garantida para as 12:30h, ficamos a vontade para fotografar a apreciar o local…
Como engenheiro civil não pude deixar de ficar meio desconcertado ao ver ao vivo aquela torre, com uma inclinação tão visível ainda de pé depois de séculos. As obras realizadas ali para compensação do recalque e contenção da torre foram incríveis, se considerarmos o recursos da época. Naquela época, o cara que autorizou a continuação da obra, subindo mais andares em cima daquela torre que parecia já condenada, foi cabra-macho de verdade!
E foi lá que Galileu Galilei, cientista local, fez seus famosos experimentos de velocidade de queda de objetos…
E o visual da torre é alucinante. A subida vale mesmo a pena.
Ao comprar a entrada para a torre, ganha-se a entrada na catedral, que também é muito bonita. Tiramos mais algumas fotos e partimos para Lucca.
Pegar o ônibus da volta é igualmente fácil e então, partimos de volta pra estação de trem e compramos de uma vez os bilhetes “Pisa-Lucca” e “Lucca-Florença”, respectivamente 3,3€ e 7€.
Ao contrario de Pisa, a entrada para o centro histórico e Lucca fica bem perto da estação de trem e o trajeto é feito a pé. A primeira vista já impressiona, pois a cidade é totalmente murada e os acessos são feitos por grandes portais ou pequenas passagens ao longo da muralha medieval.
Impossível não imaginarmos os cavaleiros armados e soldados com escadas se aproximando das muralhas, sendo recebidos por arqueiros, defendendo a cidade de cima da muralha. O mais impressionante é que a muralha continua do jeito que era, ao longo de toda a cidade.
Lá dentro, talvez por causa do frio, encontramos uma cidade vazia, praticamente sem turistas…
Então passeamos um pouco por suas ruas e praças, conhecemos a catedral e fomos procurar um lugar pra almoçar.
O almoço foi outra grata surpresa… A maioria dos restaurantes estava fechada, pois já eram mais de 15:30h então entramos no primeiro que encontramos, na Piazza del Giglio.
O restaurante estava completamente vazio e fomos atendidos pelo que pareceu ser o dono, garçom e cozinheiro do restaurante. Ele nos indicou uma garrafa de um ótimo vinho produzido em Lucca e pedimos uma Tagliata. Ao perguntar que tipo de carne era, com seu inglês meio limitado o garçom/cozinheiro/dono me explicou um um gesto característico para chifre, um sonoro “muuuuú” e uma palavra em português “como churrasco”.
Depois de um tapinha nas costas, com um sorriso de satisfação, o cara foi lá dentro, mostrou o pedaço de carne pra gente, perguntou se estava bom e qual era o ponto da carne. Então ele começou a prepara-lá ali mesmo na nossa frente, em um forno a lenha que ficava no meio do salão…
Que carne deliciosa! Macia e suculenta…
No final, ainda ganhamos um limoncello de cortesia!
Depois da comilança ficamos circulando pelas ruas da cidade sem compromisso.
As únicas pessoas que pareciam estar ali eram os moradores que saíam pra correr em volta da muralha, do lado de dentro, todos curtindo aquele visual que nunca deve cansar seus olhos…
Então, já exaustos e satisfeitos, retornamos a Florença de trem…
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Neste dia nem saímos pra jantar em Florença. Comemos um Gelato, numa friaca de 7 graus do lado de fora do restaurante, e voltamos pro hotel pra dormir…
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