DOMINGO, 29 DE DEZEMBRO DE 2013
Depois de muitas elucubrações decidimos encaixar um bate-volta a Viña del Mar em nosso roteiro e pra isso, teríamos que antecipar nosso tour pela vinícola Concha y Toro, que já estava agendado.
Ligamos pra vinícola logo após o café e conseguimos as últimas vagas no tour com degustação de vinhos (Tour Marques de Casa Concha) para as 16h em inglês.
Assim, partimos para o Cerro San Cristóbal com a missão de ver tudo, almoçar e partir para a vinícola até as 15h, no máximo!
Consultamos o pessoal do Hotel e decidimos partir a pé, curtindo o caminho e conhecendo a vizinhança…
Como era domingo, foi interessante ver a Avenida Andrés Bello para ciclistas, que participavam de uma corrida…
Ou terio sido apenas uma passeio ciclístico?
Depois fomos percorrendo o rio até o Bairro Bellavista e fizemos a primeira caminhada por uma das regiões mais badaladas de Santiago, ainda adormecida…
Chegando aos pés do Cerro San Cristóbal, fizemos uma parada para comprar bonés, chapéus e água, porque o sol estava cruel… Depois discutimos se subiriamos de funicular ou teleférico, Se desceríamos a pé ou não.
Então, na fila para o funicular, paramos um dos funcionarios e perguntamos inocentemente: “onde fica a entrada do teleférico?”. O cara fez uma careta e disse: “O teleférico está desativado há mais de 4 anos…”.
Hãn? Então tá bom… Me desculpe a ignorância!
Decidimos comprar o ingresso de subida e descida do funicular, economizando tempo e dinheiro.
Uma pequena fila e em pouco tempo estávamos lá em cima. Pulamos a saída para o zoológico e fomos direto para o alto do Morro. Como não podia deixar de ser, a vista lá de cima é belíssima e o Morro é uma espécie de Corcovado Santiaguino…
No primeiro momento, vimos mirantes com incríveis vistas panorâmicas da cidade, sempre com a Cordilheira dos Andes ao fundo e barraquinhas com venda de artesanato local e souvenires.
Mais adiante um presépio montado para a época do Natal e no alto, imponente, a linda estátua da Virgen de la Inmaculada Concepción. Tiramos algumas boas fotos e curtimos um momento de contemplação. Apesar de ser um local turístico, ali também é um local de oração, onde existem algumas urnas funerárias e altares de oração onde pessoas depositam velas, fotos, mensagens e orações para seus entes queridos.
Visitamos tambem o Santuário de La Inmaculada Concepción, que é uma igrejinha muito bonita, apesar de simples. Ela foi construída para se parecer com uma igreja medieval e conta a história do nascimento de Maria.
Depois de muitas fotos, um gatorade e uma circulada nas barraquinhas de artesanato, decidimos descer Morro porque nosso tempo já ficava apertado para a visita a Vinícola Concha y Toro. Estavamos tão atrasados que resolvemos parar para comer um cachorro quente, pra economizarmos tempo. Engolimos o cachorro quente e partimos para a Estação do metrô mais próxima: A Baquedano.
A vinícola Concha y Toro na verdade fica fora de Santiago, na cidade de Pirque, no Vale do Maipo. Mas não há necessidade de transfer ou aluguel de carro, pois ir até lá é muito simples.
DICA: Pegue um metrô das linhas vermelha ou verde, faça uma baldeação para a linha azul (linha 4) e siga até o final, descendo na penúltima estação (Las Mercedes). Uma vez fora do trem, pegue a saída que diz “Concha y Toro Poniente”. Em seguida pegue um taxi por apenas 3.000 CLP.
Chegamos na vinícola ligeiramente atrasados e perdemos a saída do nosso grupo. O guia mais próximo apontou para o fundo e mandou sairmos em busca do nosso grupo, que já estava avançado a frente em algum lugar. Partimos os 4 sozinhos, meio perdidos, perguntando qual era nosso grupo… Acho que perdemos apenas a apresentação da sede da fazenda e começamos já nas plantações, onde ouvimos historias sobre cada uva, processos de cultivo, safras, etc.
A maior parte do grupo era de brasileiros, com uns 4 ou 5 “não-brasileiros”. Primeiro fizemos um circuito simples, que é igual a todos os outros. Degustamos um vinho branco, vimos uma sala com depósito de barris de carvalho, ouvimos um pouco sobre processo de fabricação e envelhecimento do vinho e partimos para a parte mais “turistona” do passeio…
Entramos no porão onde supostamente fica armazenado o vinho “Casillero de Diablo”. Eles apagam as luzes e exibem um video projetado nas paredes com um show de sons dentro da sala escura, contando a lenda do Casillero de Diablo.
Os puristas devem odiar o espetáculo para turistas, mas confesso que foi divertido. No final, degustamos um bom vinho tinto…
Depois partimos para a parte do passeio que era exclusiva para aqueles que compraram o tour “Marques Casa Concha”. Fomos a uma sala com uma grande mesa e com o auxilio de um sommelier, degustamos 4 vinhos: 1 branco, um merlot, um carmenere e um cabernet sauvignon. No final, cada um ganhou uma taça e uma tábua de queijos da Concha y Toro.
Depois de uma parada na loja, fomos embora do jeito que chegamos, mas como o taxi estava demorando para aparecer, pegamos um onibus que nos deixou em frente a estação do metrô.
A noite encontramos com a Kelly, que é colega de trabalho da Elisa, e o namorado dela, o Pablo. Eles tinham se programado para jantar no Montana, no Patio BellaVista, e nos convidaram para acompanhá-los.
Além de um jantar divertido, aproveitamos para combinar alguns detalhes da viagem do dia seguinte a Valparaíso e Viña del Mar, que será tema do próximo post!
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Para mais detalhes sobre o roteiro de 4 dias em Santiago, clique aqui. Para ver uma lista com todos os posts sobre este roteiro, clique aqui.
KKKK! A gente quase se encontrou, então. Domingo foi a peregrinação pelo centro. Almocei na Lastarria e depois fui para o San Cristóbal a pé, passando pela pela Andrés Bello fechada com um monte de ciclistas. Acho que enquanto eu estava na fila do funicular, você já estava descendo. Não lembro bem da hora, mas era umas 14h ou 14:30h quando cheguei na estação. Lá em cima tava um calor que só aumentou com os degraus, mas a vista era realmente espetacular! As fotos não fazem jus. E ainda tinha uns picos nevados!
Minha programação mudou muito em cima da hora (literalmente) e só passei um dia inteiro em Santiago, depois fui pro Aconcágua na segunda e ainda fui e voltei pra Valparaíso e Vinã no dia 31! Mas deu tudo certo.
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Deve ter sido mais ou menos nessa hora que desci o Morro, porque lembro que estava quase na nossa hora limite (15h)… A gente quase se esbarrou!
Mas é injusto, porque todo mundo que comentou aqui no blog conhece a minha cara, mas eu não reconheceria ninguem… Heheehe. São raras as pessoas que colocam foto no avatar.
E como é o Aconcagua nesta época do ano? Você passou o reveillon em Viña de Mar? A volta estava tranquila?
Depois manda seu relato!
Estou escrevendo aos poucos, mas pretendo terminar de postar sobre todos os dias ainda antes da próxima viagem. Fica de olho!
Grande abraco.
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Foi uma viagem que realmente tudo mudou em cima da hora. Uma das pessoas do grupo (fomos em 5) teve um problema na perna e ficou internado por 4 dias, bem na semana da viagem. O médico não liberou para viajar, mas depois liberou, mas com restrições… O roteiro foi alterado por conta disso.
Viña e Valpo eram para ser feitos no domingo e por conta própria. Acabei conversando com o Humberto (aquele da van que todo mundo indicou). Ele estava cheio, mas tinha o dia 31 livre. Perguntei se não ficaria ruim sair naquele dia e ele garantiu que daria sem problemas. Saímos às 8h e deu tudo certo, nenhuma retenção. O povo sai mesmo depois do meio-dia. Não acho que foi o melhor dia para conhecer as cidades. Embora lindas, elas estavam bem cheias e muitos lugares estavam fechados, como o Museo Fonck, Museo Naval e alguns ascensores. O Humberto mesmo pediu desculpas pelos carros estacionados em cima da calçada e da sujeira (nada como aqui, mas deu pra ver que estavam mais sujas do que normalmente estariam). No caminho de volta, vi o tal do congestionamento no sentido contrário. E só piorou porque a estrada foi interditada por conta de um incêndio e todo o tráfego foi desviado para uma outra que estava em obras.
Já o Aconcágua foi o ponto alto da viagem (pelo menos pra mim). A alta temporada vai de novembro a março, mas o parque fica aberto o ano todo. Tinha duas opções de trekking, de uma ou duas horas. Fizemos a de duas e andamos cerca de 5km. É pouco, mas por causa da altitude (3 mil metros), das subidinhas, das pedras e do vento, foi um pouco cansativo. O lugar é incrível e o vale estava todo florido. Não fez frio nem calor, mas ventou muito! Sei que é preciso uma permissão para entrar no parque, mas como fui com o Cristian da Andes Wind, ele já tinha providenciado tudo. Na volta fizemos uma parada no Ski Portillo para ver a Laguna del Inca. Sensacional!
Não passamos o réveillon em Viña porque tínhamos voo na manhã do dia 1º. Fomos para a região dos lagos, onde o tempo estava fechado e fez um frio! Felizmente, o tempo abriu por demanda e deu pra aproveitar tudo. Puerto Varas é uma cidade linda!
Tenho que voltar a Santiago para ver o que não vi. Como o Museu de Arte Pré-colombiana, que era para ser reaberto em dezembro e ficou para janeiro. Fora os outros mil lugares. Amei o Chile e todo mundo foi super simpático e atencioso com meu grupo!
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Eu também usei os serviços do Humberto, mas ele mandou outro motorista em seu lugar. No geral ele fez um serviço razoável, mas deu umas vaciladas. Não conhecemos muito bem as cidades de Valparaíso e Viña del Mar (postei a história completa hoje).
Legal sua viagem ao Vale do Aconcágua! Numa próxima visita ao Chile eu pretendo conhecer lugares mais exóticos e curtir um pouco a paisagem! Me toquei de uma coisa… a lagoa que aparece na minha primeira foto do Chile, tirada do avião, é a tal Laguna del Inca?? Dá uma olhada:

De cima já é incrível, imagino que de perto seja demais…
E Puerto Varas? Fica longe hein! Sua viagem realmente deu reviravoltas!
Agradeço pelo seu relato e por todas as contribuições que você deu ao blog durante todo o planejamento da viagem! Seja bem vindo para participar sempre que quiser.
Um grande abraço,
Alessandro Batalha
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Oi, Alessandro. Seu post que foi ótimo! A gente conseguiu trocar várias informações e tenho certeza de que um monte de gente se livrou de vários possíveis perrengues.
A foto não é da Laguna del Inca, mas a água é daquele mesmo azul turquesa. A Laguna não é grande e fica toda cercada de montanhas, que ainda tinham um pouco de neve. No inverno, ela congela e as pistas de esqui vão até ela. Foi impactante, pois não dá pra vê-la da estrada nem da entrada da estação de esqui. A gente foi pro segundo andar e… Bang! Deu raiva de tão incrível que foi a vista. Éramos os únicos ali. Recomendo 100% o passeio com o Cristian da Andes Wind. Se você voltar a Santiago, ou mesmo por Mendoza, vale muito a pena ir. É meio cansativo, pois foram 6 horas de viagem no total + um trekking de 2 horas (ida e volta), mas as paisagens eram espetaculares. No inverno também deve ser incrível!
Puerto Varas realmente não é pertinho, mas foi só uma hora e meia de avião. A cidade é linda, mas é meio loteria quanto o tempo. Lá tem mais dias chuvosos que de sol. Durante a viagem, felizmente, o tempo colaborou sob demanda.
Um abraço!
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