Um dos passeios mais aguardados de toda a viagem foi a excursão para os Cliffs of Moher. Neste post contamos tudo sobre a excursão de um dia que fizemos a partir de Dublin passando pelo Dunguaire Castle, em Kinvara, Baby Cliffs no Condado de Clare, Fitz’s Cross em Doolin e Bunratty Castle. Leia nossa post, que está recheado de lindas fotos e entenda porque as Falésias de Moher foram finalistas na eleição das novas 7 maravilhas naturais do mundo!
Clique aqui para ler todos os posts do Roteiro Irlanda e Reino Unido. Aguarde em breve o artigo com o roteiro completo! Enquanto isso clique no link a seguir para conhecer o roteiro global e o planejamento desta viagem de outubro de 2014: Planejando um novo destino: Irlanda e Reino Unido em 14 dias
Chegou o grande dia de conhecermos os famosos Cliffs of Moher, um dos passeios mais aguardados de toda a viagem. Optamos pelo tour da empresa Paddywagon Tours, com seu ônibus inconfundível, ostentando as cores verdes e o simpático mascote Leprechaun.

O ônibus da Paddywagon Tour
Compramos nosso ingresso em um gift shop que fica na O’Connel Street durante nosso primeiro dia na cidade. O passeio teve duração total de aproximadamente 12 horas, com as seguintes paradas principais:
- Dunguaire Castle & Kinvara Fishing Harbour
- Baby Cliffs, no Condado de Clare
- Parada para almoço no Fitz’s Cross, em Doolin
- Cliffs of Moher
- Bunratty Castle
Sempre com vistas lindas pelo caminho, principalmente na estrada da costa atlântica. A escolha do dia da viagem foi toda baseada na previsão do tempo e conseguimos acertar em chrio! Choveu um pouco no caminho, claro, mas na maior parte do tempo pegamos céu ensolarado…
Pegamos o ônibus por volta das 7:30h da manhã, em frente ao Savoy Cinema. O motorista, que também era nosso guia, se chamava Matt e era uma figuraça! Ele passou a viagem inteira ao microfone contando histórias, curiosidades ou simplesmente fazendo piadas aleatórias. Falava rápido com o sotaque bem carregado e tinha um jeito bonachão (e debochado) que era hilário.
Tornou o caminho, que é bem longo, muito tranquilo e divertido…
Em um posto de gasolina com loja de conveniências, fizemos uma parada super rápida para banheiro e água. Depois pegamos novamente a estrada até chegarmos na vila de Kinvara, no Condado de Galway. A principal atração da cidade é o Dunguaire Castle, que fica a beira do mar, num cenário lindíssimo.
O ônibus parou perto do porto de pesca de Kinvara, onde ficou esperando apenas 20 minutos. Neste tempo ficamos ali curtindo o visual, onde os famosos barcos de pesca conhecidos pelo nome sugestivo de “Galway Hookers” dividem espaço com as gaivotas, num cenário emoldurado pelo céu, o mar e o castelo…
Pena que não deu pra entrarmos no castelo, nem pra conhecer a cidade… Em 20 minutos, depois de muitas fotos, voltamos pro ônibus.
Durante o caminho o guia explicava um pouco da história da Irlanda, a cultura gaélica e as invasões Vikings. O guia explicou que as ruínas na paisagem são todas de construções do povo gaélico ou viking, porque eles tem orgulho de dizer que não há construções romanas na Irlanda… Em teoria o romanos não conseguiram a avançar pela Irlanda. Então tudo é autenticamente irlandês.
Já quase em Doolin, no Condado de Clare, fizemos uma parada de 15 minutos numa região da costa atlântica apelidada de “Baby Cliffs“.
O nome é uma referência aos Cliffs of Moher, porque ali teriamos uma versão miniatura (baby) dos famosos penhascos (cliffs). De fato a geografia da região lembra os Cliffs of Moher e a paisagem começa a mostrar traços daquilo que iríamos ver em breve.
São penhascos e falésias com as mesmas características dos Cliffs of Moher, só que em versão miniatura. E bem ao fundo, no horizonte, já dava pra ver um pouquinho dos famosos penhascos. A paisagem não é nada demais, só que foi um bom aperitivo para aumentar a emoção de estar chegando nos “Cliffs”. Afinal ainda faltava um pouquinho, pois ainda iamos parar para o almoço.
Chegando em Doolin paramos na Fitz’s Cross para 50 minutos de almoço. O local tinha em torno de 4 ou 5 restaurantes e depois de entrar em cada um acabamos ficando naquele que foi recomendado pelo Matt, o Fitzpatrick’s Bar.
Era o mais estiloso, com cara de Pub Irlandês e o que tinha maior fila. Foi lá também o local onde comemos a pior comida de toda a viagem (incluindo escócia e inglaterra mais tarde). Meu estômago está se revirando até agora, só de lembrar!
Tinhamos umas 3 opções de pratos, com os ingredientes a mostra e os atendentes iam servindo em nossas bandejas conforme seguíamos a fila. Desavisado, pedi o penne que veio meio pegajoso numa bomba de carboidratos com cenoura e purê de batata. Elisa pediu sopa… Se tiver chance, fuja!
Em pouco tempo de estrada finalmente chegamos nos Cliffs of Moher! De longe a vista já impressiona…
Depois de breves instruções do guia, fomos liberados para um passeio de 1:30h. Como o tempo era curto, passamos pelo centro de visitantes (lindo, encravado na rocha) e fomos direto para os penhascos.
Começamos pela trilha da direita, subindo até a Torre O’Brien e fomos descendo pela margem até a extremidade oposta. As fotos falam por si só…
Na trilha da esquerda, a partir de um certo ponto há uma mureta e uma placa que diz que é proibido ultrapassar, por causa do perigo de queda. Ninguém respeitava o aviso e havia uma fila gigantesca de pessoas que haviam pulado a mureta e iam seguindo pela margem do penhasco. Velhinhos, crianças e adultos… Fazer o quê? Seguimos também! Mas na verdade era bem tranquilo…
Depois de um dia inteiro com céu azul, o vento estava super forte, muito frio e começava a chover. Na verdade demos muita sorte, porque em dias de chuva a visibilidade cai muito e dá pra ver muito pouco. A paisagem é exuberante e as falésias tomam o horizonte ao perder de vista… Pra quem está de carro, sem restrições de tempo, deve ser muito legal poder seguir por todas aquelas trilhas e explorar toda a margem dos penhascos.
Como tinhamos tempo limitado, aproveitamos a proximidade da chuva e voltamos correndo em direção ao centro de visitantes. Lá dentro eles tem um gift shop (claro!), além de um restaurante/café com uma vista panorâmica sensacional e um pequeno museu.
Só conseguimos comprar uma água, dar uma olhada no local e retornamos pro ônibus sem ver o museu. Com mais tempo disponível, um almoço com aquela vista deve ser sensacional.
O guia disse que antigamente a empresa fazia a parada para almoço ali. Mas como só há um restaurante, eles costumavam ter muitos problemas. O restaurante não dava conta e muita gente perdia a hora. Por isso hoje em dia eles param na Fitz’s Cross.
Por falar em perder a hora, depois de algum tempo dentro do ônibus esperando duas meninas que estavam atrasadas, o Matt fez uma rápida enquete com o grupo: “Já estouramos os 15 minutos de tolerância, o grupo está todo aqui e nem sinal dessas duas meninas. Quem acha que devemos ir embora?”
Depois de alguns poucos gritos de consentimento, o cara partiu sem dó nem piedade… Achei sacanagem, mas já era a terceira vez que elas se atrasavam. Então o ônibus partiu sem elas e pra piorar com as bolsas e outros objetos pessoais delas dentro!
Neste ponto tempo uma diferença cultural gigantesca… No Brasil ninguém respeita regras (muito menos de pontualidade) e este tipo de atitude implacável deixa a gente meio chocado.
Na verdade o cara ficou meio sem graça e tentou amenizar a coisa fazendo piada e dizendo que os irlandeses eram cruéis. Depois ficou se desculpando no microfone, dizendo que “regras são regras” e que se ele não fosse implacável estaria desrespeitando todo o restante do grupo que foi pontual…
No meio do trajeto até Bunratty ele recebeu um rádio do outro ônibus da Paddywagon Tours com a informação de que as meninas tinham sido localizadas e pegariam as coisas delas conosco em Bunratty. O povo do ônibus aplaudiu ao receber a notícia de que as meninas estavam bem.
Então descemos em Bunratty para uma última parada de 20 minutos.
O lugar era bonito, mas o tempo era muito curto e não dava pra quase nada. Já estava quase escurecendo e estávamos cansados. Então ficamos ali em volta do Castelo de Bunratty, tiramos algumas fotos e nos preparamos para partir.
No caminho de volta, como não tinha mais muita história pra contar sobre os lugares que visitaríamos, nosso guia resolveu preencher o tempo de viagem falando bobagens.
Ele retornou contado piadas de todos os tipos… Sacaneou irlandeses, americanos, ingleses, loiras, etc. Algumas piadas eram velhas até aqui, o que era muito curioso, porque podemos ver que algumas piadas são universais e são contadas em várias línguas.
E quando a piada era muito infame o cara pedia desculpas depois de contá-la… Uma figura!
E assim acabou nosso passeio bate-volta para os Cliffs of Moher. A noite saímos para jantar e curtir música nos Pubs da Temple da Bar. Contamos um pouco da experiência no post anterior.
O dia seguinte seria nossa despedida da Irlanda e nossa chegada em Edimburgo! Aproveitamos o ultimo dia para conhecer um restinho de Dublin que ainda tinha ficado pra tras: Castelo de Dublin, Saint Patrick Cathedral, Christ Church Cathedral e Saint Stephen’s Green. Aguardem!
PROGRAME-SE:
Empresa: Paddywagon Tour
Site: http://www.paddywagontours.com/
Preço: €40
Horário de saída: 7:30h
Duração da viagem: 12h (aproximado)
Clique aqui para ver todos os posts do Roteiro Irlanda e Reino Unido 2014 e conheça os detalhes dessa viagem que passou por Dublin, Edimburgo, Liverpool e Londres.
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Morei em Dublin por 1 ano entre 2011 e 2012 e logo no meu primeiro final de semana na Irlanda eu fui visitar os Cliffs of Moher. Não teve como ter uma impressão tão boa da Irlanda quanto essa. Acho que esse visita foi primordial para que eu me apaixonasse tanto por esse país quanto me apaixonei. Adorei a matéria, sensacional. Parabéns.
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Muito obrigado Johnnie.
Morar na Irlanda deve ter sido uma experiencia incrível!
Fico muito feliz e lisonjeado que um ex morador da cidade tenha curtido o post. Grande abraço!
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A Irlanda é sim incrível para se morar. A gente sente saudades do calor do Brasil, mas dá pra acostumar. Fora que é um país fácil de viajar pra todo lado, tanto por conta própria, quanto de excursão. Eu amei morar lá.
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