A cidade de Edimburgo é um verdadeiro museu a céu aberto. Caminhar pela Royal Mile em direção ao Castelo de Edimburgo aos poucos nos transporta através dos tempos, de volta para a Era Medieval. Neste post eu conto tudo sobre nossa visita ao Castelo de Edimburgo, atração que é símbolo da cidade e é programa imperdível para quem gosta de histórias de reis e rainhas…
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Em nosso primeiro dia na Escócia acordamos super tarde, pois estávamos exaustos da viagem do dia anterior, porque nosso vôo da AerLingus, de Dublin para Edimburgo, teve um mega atraso e chegamos de madrugada na cidade.
Pra quem não leu nosso post anterior, clique no link a seguir para detalhes =>> Edimburgo: Saiba como ir do aeroporto ao centro e conheça nossa recomendação de hospedagem
Descemos para o café da manhã bem depois do período regular e em mais uma demonstração de cortesia, o pessoal do hotel Ibis Edinburgh Centre South Bridge liberou o salão pra gente e ainda repôs alguns itens. O café estava ótimo e então fizemos uma refeição reforçada que acabou quase 12h e praticamente substituímos o almoço.
Começamos o dia subindo a Royal Mile, em direção ao Castelo de Edimburgo, que é um símbolo da cidade. Estava fazendo muito frio, ventando e caindo uma chuva bem fininha. Ou seja, um típico clima escocês…
É difícil descrever a sensação de caminhar pelas ruas do centro de Edimburgo… Em alguns momentos, mesmo estando numa capital, a sensação é de estarmos em uma pequena cidade do interior que parou no tempo e foi conservada como um grande museu a céu aberto. Mas com uma olhada mais atenta, descobrimos instalações ultra modernas e sofisticadas, que poderiam parecer fora de contexto em qualquer outro lugar, mas em Edimburgo não…
Aqui no Brasil estamos acostumados e ver edificações antigas abrigando museus e institutos tombados pelo Patrimônio Histórico. Ou seja, prédios com acesso restrito… Em Edimburgo nos flagramos de boca aberta admirando um prédio super charmoso com cara de castelo mal assombrado, para em seguida descobrir que trata-se de uma simples papelaria ou um banco. A coisa mais careta possível, dentro de prédios de cair o queixo…
A rua conhecida como Royal Mile é a via que cruza o Centro Histórico de Edimburgo desde o Palácio de Holyrood até o Castelo de Edimburgo. Na realidade, a Royal Mile é uma grande rua formada por várias outras cujos nomes são Castlehill, Lawnmarket, High Street, Canongate e Abbey Strand. Uma caminhada, sem pressa, ao longo da Royal Mile é como uma viagem no tempo.
A rua é lotada de Gift Shops e em todos os lugares podemos comprar ou somente admirar o artesanato Tartan, com seus charmosos padrões quadriculados, com cores diversas que representam diferentes clãs escoceses. São cachecóis, kilts, saias e todo tipo de produtos típicos de uma loja de souvenir.
Mais tarde conto como foi nossa visita a Tartan Weaving Mills, no final da Royal Mile, bem pertinho do Castelo de Edimburgo. Mas o que posso adiantar é o seguinte: não adiantar pesquisar, procurar e pechinchar. Todos os produtos de cashemere são extremamente caros, independente de estarmos na zona turística ou não. Então se você gostar muito de alguma coisa, respire fundo, esqueça a conversão de Libras para Reais e compre o que você quer ali mesmo. Não adiantar bater em todas as portas da Escócia, pois os preços parecem padronizados…
Observação: Se alguém tiver notícias de algo diferente e puder dividir conosco, deixe lá embaixo nos comentários!
Pra ajudar a compor o clima, o som das gaitas de fole inundam o ar, criando aquele clima de “Coração Valente”. Aliás, artista de rua é o que não falta por ali no Centro Histórico de Edimburgo.
Depois dessa caminhada histórica, chegamos ao Castelo de Edimburgo, que fica bem no alto da Royal Mile, sobre uma colina formada por um rocha de origem vulcânica a 120 metros nível do mar. O Castelo repousa imponente e a sensação é mesmo de que a cidade inteira gira em torno do velho castelo.
Só a região da entrada do castelo já vale a visita… O portão de entrada é impressionante e ali em volta temos vistas panorâmicas da cidade com paisagens lindíssimas.
A fila de entrada estava bem tranquila e compramos nossos ingressos sem problemas, com um audio-guide para cada um. O ingresso regular para adultos (acima de 15 anos) custa £16.50 e o audio-guia custava £3.50 por pessoa.
DICA: Não há necessidade de se alugar um guia por pessoa. Leve um fone de ouvido e 1 único audio-guide pode ser compartilhado facilmente. Aliás, achamos o guia desnecessário, pois a maioria dos textos do audio-guide estão reproduzidos nas placas explicativas das atrações do castelo.
Os ingressos para entrada no castelo podem ser comprados na hora ou também com antecedência através do site oficial, forma ideal para período de alta temporada. Mais informações aqui, no site oficial.
Entrando no castelo, é como se estivéssemos liberados para circular por dentro de uma verdadeira cidadela medieval. Aquilo lá é um mundo de história, cultura e arte… se não tiver foco, você pode facilmente se perder no meio de tanta coisa legal e dificilmente conseguirá ver tudo.
Em muitas áreas internas do Castelo é proibido fazer fotografias, então neste artigo eu vou mostrar muito mais fotos externas, mostrando pátios, muralhas, torres, capelas, baterias de canhões, etc. Por falar em canhões, nas muralhas do castelo estão alguns dos exemplares mais antigos do mundo. Alguns dos primeiros modelos de canhões da Europa estão expostos ali.
Uma coisa curiosa a respeito dos canhões do Castelo de Edimburgo é o tiro das 13h. Todos os dias, precisamente as 13h, um tiro de canhão é disparado do alto das muralhas do castelo… Um turista desavisado pode levar um baita susto, mas este ritual se repete todos os dias e dizem que ele teve início em 1861 com um propósito muito mais prático. Sem a tecnologia que temos hoje, o tiro de canhão era usado para marcar a hora certa e avisar os navios escoceses atracados na proximidade do Castelo. O costume acabou ficando e virou atração turística…
Bem no alto da colina onde fica o complexo do Castelo de Edimburgo estão localizadas as principais atrações: Royal Palace, Scottish Crown Jewels, Great Hall e Scottish National War Memorial.
O ponto alto do passeio é a visita ao Palácio Real, onde estão expostas as jóias da coroa. O cetro, a coroa e a espada são as jóias mais antigas da Grã-Bretanha. Conhecidas como “The Honours of Scotland” elas foram usadas pela primeira vez na coroação de Mary Queen of Scots em 1543. Eu não devia, mas não resisti e fiz uma foto e mostro a prova do crime aqui…
No Royal Palace uma exposição conta toda as histórias de intrigas, guerras e glórias dos reis da Escócia. Mas a mais interessante de todas as histórias é a da famosa Pedra do Destino.
Os escoceses acreditam que a Pedra do Destino ou The Stone of Destiny tem valor sagrado, quase bíblico, e durante séculos ela foi usada como assento para proclamação dos reis da Escócia, até que o Rei Eduardo I da Inglaterra invadiu a Escócia e a levou para Londres em 1292, onde a pedra passou a ser utilizada para coroação de todos os reis britânicos na Abadia de Westminster. Então, em 1950, quatro estudantes escoceses conseguiram roubar a Pedra e a levaram de volta para a Escócia, onde ela pertence… Descoberto o “sequestro”, a pedra acabou voltando para Londres, mas em 1996 a Rainha Elizabeth finalmente permitiu que a Pedra ficasse definitivamente na Escócia, depois de 700 anos. Ela retorná temporariamente para a Abadia de Westminster sempre que uma coroação acontecer, voltando para seu lugar de direto na Escócia após as cerimônias… Para mais detalhes, leiam este post do site destino escócia.com.
DICA: Se você possui pouco tempo, a porta que fica bem aos pés do relógio da torre te levará direto para as jóias da Coroa e a Pedra do Destino. Mas se você estiver com tempo e quiser explorar melhor o Palácio Real e as histórias das Jóias da Coroa, entre pelo portão da entrada nordeste da Crown Square, perto da Torre de David. Mais detalhes no site oficial.
Saindo da Crown Square retornamos para a parte mais baixa do Castelo de Edimburgo e visitamos os museus do regimento britânico, museu nacional de guerra e as antigas prisões de guerra do castelo. Antes, paramos para admirar mais uma vez as belas vistas da cidade…
No subsolo de uma das construções do castelo, as prisões de guerra estão preservadas, com aposentos, digamos assim… decorados como na época…
Em frente ao National War Museum encontramos algumas das mais espetaculares vistas para a cidade de Edimburgo, além da bela praça que fica na entrada do museu.
Depois desse banho de história, decidimos continuar mergulhados na cultura escocesa. Na sequencia visitamos o Tartan Weaving Mills que fica bem ali em frente a saída do castelo, oferecendo uma exposição gigante da arte tipicamente escocesa de fabricação de cachecóis, kilts, saias e todo tipo de produtos de lã e cashemere.
Na seqüência participamos do Scotch Whisky Experience, sobre a bebida mais famosa da Escócia, com direito a degustação, visita a maior coleção garrafas de whisky do mundo (comprada de um brasileiro) e um encerramento com um “barraco” daqueles, com direito a taças arremessadas e tudo…
Aguardem o próximo post para saber o que rolou! Também o que vale a pena e o que não vale…
Clique aqui para ver todos os posts do Roteiro Irlanda e Reino Unido 2014 e conheça os detalhes dessa viagem que passou por Dublin, Edimburgo, Liverpool e Londres.
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Geeente, que post completinho hein! Adorei!
Agora diz ai, aquela foto das jóias da coroa são de vocês? Como conseguiram? hehe =DD
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Obrigado Bruna! Opinião de especialista… Fico até lisonjeado. Rsrs
Sobre a foto: Confesso que não me orgulho do que fiz, mas eu não resisti! Eu não devia, mas eu tava com o celular no bolso e quando vi as joias da coroa ali, de bobeira, tive que registrar…
Aliás, as joias e a pedra do destino foram o melhor do passeio! Muito legal!
Abraço!
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Bom dia
Por favor, qual o seu e-mail de contato?
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Olá Ana Maria.
Você pode escrever para contato@batalhaspelomundo.com.br
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